Diastema: resina ou porcelana, selecione o material ideal.
O fechamento de diastema com porcelana ou resina exige conhecimento para não errar na selecão. Conheça as indicações de cada material para fechar espaços entre dentes e desfrute dos melhores resultados estéticos, de durabilidade e resistência.
Luís Gustavo Leite é dentista especialista em próteses dentárias e periodontia, ambas pela UFRGS, em Porto Alegre.
Diastema, um problema que vai além da estética dental.
Diastema, um indesejado espaço entre os dentes, é sempre lembrado pelos danos estéticos ao soriso. Mais comum entre incisivos centrais superiores, este problema de fácil resolução pode ser, para muitos indivíduos, até mesmo prejudicial do ponto de vista social. Para ter uma ideia do quanto esta condição pode afetá-lo, um recente estudo europeu mostrou como os portadores de amplos diastemas centrais são vistos como pessoas de menor inteligência e sucesso profissional – um fator frequentemente relatado pelos indivíduos atingidos pelo problema.
Durante a infância, o diastema é até um aspecto de normalidade – 77% das crianças apresentam dentes separados. Entretanto, passado o período de crescimento e consolidação dos ossos faciais, espaços residuais permanentes podem necessitar de fechamento para recuperar a harmonia estética do sorriso – uma procedimento simples mas que exige diagnóstico preciso ao escolher entre técnicas como o tratamento ortodôntico ou uso de resinas ou porcelana em procedimentos com restaurações dentárias ou laminados cerâmicos.
Um ponto importante e pouco lembrado é a importância do diagnóstico das causas do diastema. Responsável por identificar o momento ideal para o seu fechamento, é indispensável para descartar problemas mais sérios que vão de tumores a cistos odontológicos a má oclusão dentária. De qualquer forma, exames clínicos e radiográficos são sempre necessários, independente da extensão dos espaços intedentários ou uso de resina ou porcelana para o seu fechamento.
Da lente de contato dental à restauração dentária: fechando espaços entre dentes.
Descartadas condições não fisiológicas como causas para diastemas – como tumores, cistos e problemas de oclusão (mordida) -, e comprovada a consolidação óssea dos maxilares, é preciso selecionar a técnica para o fechamento dos espaços entre dentes. A mais otimizada é o tratamento ortodôntico, um procedimento que se dá através de movimentações dentárias e que pode, ainda, exigir uma etapa cirúrgica para remover inserções musculares submersas entre as raízes dentárias que costumam impedir a aproximação dos dentes.
Para aqueles que optam por técnicas mais rápidas, procedimentos como a restauração dentária em resina ou porcelana ou laminados cerâmicos – como a lente de contato dental ou a faceta de porcelana – trazem alívio estético imediato porém necessitam de seleção correta do material para não errar nos resultados. E entre várias escolhas que tanto dentista quanto paciente precisam fazer, a seleção entre resina e porcelana é uma das que mais importam.
Resina ou porcelana, qual o melhor material para fechar diastema?
Técnicas rápidas para fechamento de espaço entre dentes tem na escolha entre resina ou porcelana a etapa mais importante. Isto porque, além das diferenças nos resultados estéticos – atualmente, nem tão discrepantes assim – a durabilidade e resistência variam conforme o material selecionado e precisam estar em acordo com os desafios diários que vão da extensão do espaço entre dentes, tipo e magnitude das forças de mordida.
Entre as principais vantagens da restauração dentária em resina estão os custos mais em conta e a possibilidade para fechamento do diastema em um única consulta. Atualmente, sistemas resinosos com resultados estéticos marcantes e mais resistentes a fratura estão disponíveis para a quase totalidade dos casos, constituindo a primeira opção para o fechamento de espaços interdentários.
Já a porcelana odontológica, o material base utilizado na confecção de lentes de contato dental ou a faceta de porcelana, traz resultados estéticos mais marcantes e maior resistência contra fraturas e amarelamento precoce – este, um problema frequente das resinas dentárias utilizadas em restaurações dentárias.
Restaução dentária em resina ou porcelana tem indicações diferentes.
Diferente das técnicas com laminados cerâmicos (facetas dentárias laminadas e lentes de contato dental) que revestem toda a superfície estética e visível dos dentes, a restauração dentária utilizada no fechamento de diastemas adere-se apenas nas partes envolvidas no espaçamento dentário – uma característica ideal para dentes já alinhados e clareados.
Quando a restauração dentária é a técnica selecionada, a escolha entre resina ou porcelana para fechamento de diastema segue alguns princípios. Em primeiro lugar, espaços extensos entre dentes são mais propensos a fraturas e são melhores fechados através da restauração dentária em porcelana.
Pacientes com bruxismo, outro desafio ao fechamento de espaços entre dentes, são indicados à técnica com restauração dentária em porcelana devido à maior resistência aos sistemáticos impactos aos dentes. Já à restauração dentária em resina cabe os pequenos fechamentos de diastemas, que não exigem materiais tão resistentes assim.
Fechamento de diastemas extensos é indicado para tratamento ortodôntico
A ideia para fechamento de diastema com resina ou porcelana é atraente dada o tempo curto do tratamento e baixos custos envolvidos. De fato, pequenos espaços localizados entre dentes anteriores são simples e trazem alívio estético considerável. Por outro lado, o fechamento de espaços extensos com as mesmas técnicas frequentemente resulta na perda da harmonia do sorriso.
Grandes diastemas anteriores, ao serem fechados com porcelana ou resina, podem alterar a relação entre altura e largura dos dentes de forma inapropriada – em muitos casos, a largura é maior do que a altura. Nestas condições, a sensação estética final costuma ser relatada como de “estranhamento”, uma causa frequente para pacientes frutrações com os resultados. O fechamento de espaços extensos entre dentes anteriores é melhor solucionado através do tratamento oortodôntico – associado ou não à cirurgia plástiva genvival.
Gengivas têm que estar com a saúde em dia antes de iniciar o tratamento.
A gengivite, uma doença infecciosa das gengivas causa por bactérias acumuladas por deficiência na higienização oral, é listada no Guiness Book como a doença mais prevalente do mundo. Seus principais sintomas são o sangramento espontâneo ou que acontece durante a escovação dos dentes – além dos edemas gengivais (inchaços) que costumam passar despercebidos na maioria das vezes.A tentação pelo rápido fehamento de diastema com resina ou porcelana em pacientes com gengivite – ou aé mesmo periodontite, um quadro mais avançado que leva à perda do osso que sustenta as raízes dentárias – pode levar a frustrações com o resultado estético final.
A confecção direta de restauração dentárias em resina ou porcelana em contato com gengivas inflamadas pode dificultar a higienização das gengiva para remoção da placa bacteriana, complicando ainda mais um quadro infeccioso que requer tratamento especialiazado pelo dentista especialista em periodontia. Assim, o tratamento da gengival é indispensável antes do início de procedimentos com prótese dentária fixa, lente de contato dental, faceta de resina ou porcelana ou quaisquer outros dispositivos restauradores.
Durabilidade é ponto forto da porcelana – mas tem um probleminha por trás disso.
Tratamentos estéticos de transformação de impacto do sorriso são populares pelas correções marcantes na cor e forma do sorriso – e a grande estrela por trás destas modificações é a porcelana. Capaz de simular diversas características ópticas como cores, transparências, fluorescências e opalescências, traz ainda vantagens como maior resistência e durabilidade – tudo o que você vai querer saber após a finalização do tratamento.
Se por um lado a maior resistência da porcelana no fechamento de espaços entre dentes é um vantagem, por outro ela traz no problema da difença no escurecimento entre dentes e o próprio material o seu ponto fraco. Com o passar dos anos, os dentes vão naturalmente amarelando e evidenciando diferenças de colocação com as porcelanas – que escurecem de forma mais lenta. Assim, para aqueles que optam pela restauração dentária em porcelana, o clareamento dental frequente é essencial para manter a harmonia estética entre a superfície dentária natural e a porcelana da restauração dentária.
Cirurgia plástica gengival pode ser necessária para fechamento de diastema.
A harmonização estética das gengivas é um procedimento cada vez mais utilizado para elevar os resultados estéticos de tratamentos estéticos de impacto. Partindo de técnicas simples como a gengivoplastia até técnicas mais complexas com enxertos de gengiva, o alinhamento e nivelamento gengival , diversos procedimentos para modificação no biotipo e forma das gengivas podem até mesmo serem indispensáveis a técnicas com laminados cerâmicos e próteses dentárias em porcelana.
A cirurgia plástica gengival pode ser indispensável para otimizar os resultados estéticos de procedimentos em resina ou porcelana para fechamento de diastema. Outra indicação para a técnica cirúrgica é a remoção de inserções musculares entre raízes dentárias que impedem movimentações dentárias por tratamento ortodôntico.
Assim, independente da seleção da técncia ou do material para fechamento de espaços entre dentes, é preciso estar atento às causas, presença de fatores que facilitam o insucesso do tratamento e às necessidade estéticas – que sem diferentes para cada indivíduo. O mais importante, mesmo, é que recuperar a harmonia do sorriso através do fechamento de diastema é fácil e até mesmo essencial.
Saiba mais sobre o tratamento para fechar diastemas.
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