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Luis Gustavo Morato Leite

Caiu o pivô ou coroa dentária? Resolvendo, e sem riscos aos dentes.


Se o seu problema é o pivô ou coroa dentária que caiu, este é o post ideal para você. Um guia com medidas de urgência e informações sobre riscos e medidas de urgências para reposicionar próteses dentárias soltas.

 

por Luís Gustavo Leite, dentista graduado e especializado em próteses dentárias pela UFRGS, em Porto Alegre.

 

 

Primeiras medidas de urgência para coroas soltas e pivô que caiu.

 

Coroas dentárias e pivôs soltos são motivos para muita dor de cabeça. E não é apenas porque estes dispositivos protéticos desprendem-se dos dentes nos dias e horários mais inoportunos. São os erros para fixações caseiras da prótese dentária que caiu, e as graves consequências para os dentes – e riscos á vida – as maiores fontes de problemas. Mas, com um pouco de jeito e paciência, dá sim para solucionar o problema até que uma solução definitiva seja encontrada.

 

As primeiras medidas são a limpeza do dente e identificação do tipo de prótese dentária em porcelana que caiu: pivô ou coroa (jaqueta). É que a recimentação caseira do pivô, dispositivo cuja parte estética é fundida ao pino protético de sustentação, traz tantos riscos ao dente de suporte que a medida mais eficaz é procurar logo o dentista. Diferente, entretanto, do que acontece com a coroa dentária, que apenas recobre a parte estética do dente – e que possui, sim, algumas medidas caseiras para recimentação.

 

coroa dentária que caiu problemas
A presença de camadas espessas de cimento e partes fraturadas de dentes presos à coroa protética dificultam a recimentação caseira da prótese dentária.(fonte/internet)

 

 

Refixando, em casa, a prótese dentária que caiu.

 

Durepox, bolinhas de algodão, massa de pão e gomas de mascar são apenas algumas das artimanhas caseiras para fixar o pivô que caiu. Mas, infelizmente, quase nunca – para não dizer nunca – essas receitas funcionam. E, para piorar, ainda trazem riscos de fraturas em raízes, deglutição e até mesmo aspiração. Mas se não dá mesmo para ficar sem a prótese dentária que caiu até a consulta com o dentista, algumas pequenas dicas ajudam a evitar constrangimentos pela ausência de dentes em região estética.

 

• pivô dentário

O pivô, que possui pino protético pontiagudo unido permanentemente à coroa em porcelana, traz desafios e riscos elevados para a recimentação caseira. Primeiro, porque é difícil reposicioná-lo no local adequado. Segundo, porque a colocação de adesivos caseiros pode formar uma camada extra, deixando a prótese mais alta e com riscos elevados para fraturas de raízes.

 

E, por último e mais importante, a deglutição ou aspiração – existem relatos de próteses soltas presas em traquéia! – são riscos elevados demais para dispositivos protéticos tão pontiagudos. O melhor mesmo é adiar compromissos e procurar logo o dentista.

 

• coroa ou jaqueta dentária

A jaqueta ou coroa dental que caiu traz algumas alternativas de refixação que não possíveis ao pivô – desde que não exista um pino protético presa à coroa. A dica aqui é reposicioná-la junto ao dente já limpo e seco. Após, faça alguns teste de abertura e fechamento das arcadas dentárias  para verificar se a posição da coroa está correta – cuidado para não eixá-la mais alta.

 

Para a fixação, utilize pasta dental deixada secar por um mínimo de 2 horas fora do tubo ou adesivos para dentaduras vendidos em farmácias. É preciso estar atento à fragilidade do procedimento, que tem apenas o propósito de evitar constrangimentos sociais até a consulta com o dentista.

 

pivô com pino protético
O pivô e coroa protética com pinos unidos (seta) não devem ser recimentados de forma caseira devido aos riscos sérios decorrentes da ingestão ou deglutição destes dispositivos protéticos. (fonte/internet)

 

 

Não utilize colas sintéticas – como superbonder ou durepox – na fixação de coroa em porcelana solta ou pivô que caiu.

 

Nunca utilize adesivos sintéticos para a fixação caseira de prótese dentária que caiu. Além dos riscos elevados para fraturas em raízes e dentes, o contato deste adesivos com mucosas, gengivas e língua, aliado ao risco  elevado para a deglutição e aspiração destes agentes químicos de união, contraindicam, em absoluto, o uso destes produtos na cimentação caseira da prótese dental que caiu. Superbonder e durepox , duas das marcas comerciais mais conhecidas, são exemplos de produtos que nunca devem ser levados à boca.

 

pino protético que caiu
Riscos de fraturas às raízes decorrentes de tentativa caseiras de recimentação contraindicam o procedimento realizado pelo próprio paciente. (fonte/internet)

 

 

O risco de engolir ou aspirar próteses dentárias soltas precisa ser levado em conta.

 

Manter dentes e raízes limpas, guardar a coroa ou pivô que caiu e agendar consulta odontológica com urgência são as ações mais seguras e recomendadas por dentistas. Isso porque, além dos riscos para cimentações de próteses dentárias em posições erradas e riscos para fraturas de raízes, as chances para engolir ou aspirar coroas e pivôs soltos são elevadas.

 

Entre esses problemas, a aspiração é a que traz maiores preocupações, principalmente quando o dispositivo protético solto é volumoso ou possui partes pontiagudas – caso do pivô ou coroa com pino protético preso.

 

prótese dentária que caiu fratura
A coroa ou pivô solto por fraturas na estrutura dental de suporte dificilmente podem ser refixadas pelo próprio paciente, em casa. (fonte/internet)

 

 

As causas para coroas soltas e pivôs que caem.

 

A última coisa que passa pela cabeça do indivíduo preocupado em refixar a coroa que soltou ou pivô que caiu é saber o motivo para o problema. Só que entender as causas para coroas e pivôs soltos é essencial para avaliar a possibilidade de recimentação caseira e prognósticos para dentes, raízes e tratamentos na técnica com prótese dentária fixa em porcelana.

 

• fadiga do cimento dentário

Felizmente, a maioria dos casos de próteses soltas deve-se à fadiga do cimento de fixação, que frente ao estresse mecânico ao longo dos anos, fratura-se e soltam coroas e pivôs. E isso é muito bom, já que, nessas situações, o dentista pode recimentar o dispositivo protético solto para ainda muitos anos de uso pela frente.

 

• fratura da raiz ou estrutura dental

Por vezes, os traumas de mastigação ou acidentes podem fraturas a estrutura dental que suporta coroas e pivôs ou mesmo as raízes dentárias, soltando-os. Essas situações que, além de impossibilitar a recimentação caseira – muitas vezes, um pedaço do próprio dente ou raiz fraturada fica presa à prótese dentária que caiu. E o prognóstico para recuperação protética sob estas condições costumam ser desfavoráveis.

 

• infiltração por cárie dentária

A infiltração sob coroa fixa em porcelana é a segunda causa mais frequente para o problema, sendo também um desafio para a recimentação caseira – quase nunca é possível refixá-la. Higiene oral deficiente, dispositivos protéticos antigos e mal adaptadas são os principais motivos para a descimentação. E dependendo da extensão da infiltração cariosa, o prognóstico para retratamento com próteses dentárias pode ser desfavorável.

 

 

Se não der para ir logo ao dentista, o que colocar no local da prótese dentária que cai?

 

Nem sempre é possível ir ao dentista após detectar que a prótese dentária está solta ou já caiu. Nestas horas, o melhor mesmo é manter o local sempre limpo – o que pode ser realizado pelo uso comum de escovas dentárias e palitos dentários para remover resíduos de alimentos que entram nos condutos de raízes dentárias que servem para suporte de pinos.

 

Na maioria das vezes, os problemas associadas à coroa ou pivô dentário que caiu são estéticos. Próteses dentárias fixas em boas condições, quando soltam-se, não trazem riscos como gengivas que crescem sobre raízes. Entretanto, fique atento: demorar para ir logo ao dentista pode trazer riscos para infiltrações por cárie dentária que podem até mesmo trazer riscos para perdas dentárias.

 

Saiba mais sobre tratamentos com próteses dentárias na técnica com coroa e pivô dentário.

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